As primeiras páginas dos jornais franceses estão dominadas pela pré-campanha para as eleições europeias de maio, a tensão em torno do Brexit e a juventude europeia que defende um mundo mais ecológico. Europeias: o risco de ingerência estrangeira, titula, LE MONDE. O governo teme ter de enfrentar uma onda de notícias falsas russas ou americanas durante o escrutínio europeu de 26 de maio. Em 2017 dezenas de milhares de documentos da campanha do presidente de Macron foram pirateados e publicados nas redes sociais. O director de campanha da República em Marcha recusa os desmentidos das mídias Russia Today e Sputnik e garante que as fake news são o braço armado da União nacional de Marine Le Pen e seus aliados. A comissária europeia para a justiça considera que o risco de manipulação nunca foi tão elevado. Uma rede de verificadores foi criada e Bruxelas pediu às grandes empresas digitais para intensificarem o seu controlo sobre as publicidades dirigidas veiculadadas na NET, acrescenta, LE MONDE. Europeias: os partidos populistas à ofensiva, replica, LE FIGARO. A 100 dias das eleições europeias, a preocupação sobe em flecha no seio dos partidos tradicionais com as sondagens a perspectivar uma forte investida das formações anti-sistema. Bruxelas, lançou o alerta e as sondagens dizem que os populistas e os nacionalismos poderiam obter à volta de 150 assentos na próxma assembleia o que que confirmaria o seu avanço de 2014 e os instalariam no quadro político europeu. A preocupação toma grandes proporções nos dois principais partidos de Estrasburgo que são o PPE e os socialistas europeus, acrescenta, LE FIGARO. Mudando de assunto, em matérias de questões de sociedade, Europa: quando os governos fazem o trabalho de lobbys, relança, L'HUMANITÉ. Um relatório demolidor mostra como os estados membros se põem de joelhos perante as multinacionais em detrimento do interesse geral. Um grupo de investigadores anti-globalistas da Corporate Europe Observatory, faz um inventário das intervenções discretas dos governos junto das multinacionais para penalizar o interesse geral. Dois exemplos são a França que desferiu um golpe fatal à taxa de transações financeiras, beneficiando portanto as empresas; e a Espanha que trabalha em simbiose com o gigante das telecomunicações, Telefonica, nota, L'HUMANITÉ. Jovens mobilizam-se a favor do clima, titula, LIBÉRATION. Da Bélgica à Escandinávia, alunos dos liceus e estudantes universitários mobilizam-se todas as semanas reclamando um acção política de envergadura frente à mudança climática. Um movimento espontâneo que chegou à França e a primeira manifestação decorre esta sexta feira. Em França é a primeira volta de aquecimento na pista com um dia de greve, sem ajuda de sindicatos nem de ONG's, nota, LIBÉRATION. Por seu lado, LA CROIX, titula, Brexit, a ansiedade dos exportadores. A seis semanas da data prevista para a saída do Reino Unido da União europeia, a ausência de acordo poderia enferrujar o comércio internacional. Se o Reino Unido sair da União europeia sem acordo as suas empresa deixarão de beneficiar dos acordo comerciais que subscreveu com países terceiros. Um risco de grandes dimensões para várias empresas que ainda hesitam em encaminhar as suas mercadorias para destinos mais longíquos, acrescenta, LA CROIX. Ainda sobre a economia, mas dum ponto de vista positivo, LE FIGARO, destaca Portugal que confirma a sua boa forma. Se o seu crescimento não aumentou, o desemprego, no entanto, baixou para os 7%. Desde a sua saída de crise em 2014, o vigor da economia portuguesa não desmente ninguém. Este "success story" dos últimos anos veio do motor exterior com muita competividade e as empresas portuguesas tiraram disso proveito, acrescenta, LE FIGARO. Enfim, em relação à África, LE MONDE, destaca, a Nigéria que no seu centro vive uma morte em silêncio. Jos, capital do estado do Plateau é palco de violência comunitária que já matou milhares de pessoas. Segundo a Amnistia internacional entre 2016 e 2018 pelo menos 3.641 nigerianos foram assassinados. Muçulmanos e evangélicos lançaram-se numa violência extrema. É um massacre dos cristãos pelos muçulmanos, explica o reverendo Kosu, ao vespertino LE MONDE.
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